Na gestão de empresas familiares, há um ativo invisível que não aparece no balanço patrimonial, mas impacta diretamente o EBITDA: a qualidade das relações familiares. Quando há respeito, escuta e alinhamento em casa, o negócio floresce com mais clareza estratégica e menos conflitos.
Família é o primeiro conselho de administração. Antes do CNPJ, já existia o café da manhã com decisões sobre o futuro. E quando esses encontros são pautados por afeto e propósito, a empresa ganha um diferencial competitivo difícil de replicar.
Exemplo real: em uma empresa varejista, o fundador e seus filhos tinham divergências sobre expansão. Após sessões de mentoria e mediação familiar, criaram um comitê de governança com regras claras sobre o processo de decisão. Assim, em dois anos, a empresa abriu uma nova unidade e dobrou o faturamento.
Governança familiar não é burocracia. É blindagem emocional e estratégica. Empresas que investem em governança, acordos de sócios, protocolos familiares e conselhos consultivos têm maior longevidade e resiliência.
Exemplo real: uma indústria familiar implementou um protocolo que definia regras para entrada de herdeiros, remuneração e sucessão. Isso evitou rusgas familiares, disputas entre irmãos e primos e manteve o foco no crescimento sustentável.
Sucessão não é um evento, é um processo. Quando há diálogo contínuo e profissionalismo (é preciso separar o papel de pai/mãe do de CEO), a transição deixa de ser um momento de ruptura e vira uma jornada de continuidade.
Exemplo real: oito anos antes da aposentadoria do fundador, uma empresa do setor de serviços iniciou o plano de sucessão. Os herdeiros passaram por mentoria, formação executiva e rodízio de áreas. O CEO (pai) passou a fazer reuniões semanais com o filho (diretor comercial) e a filha (diretora financeira), com objetivos definidos e feedbacks estruturados. Hoje, a sucessora escolhida lidera com excelência, tem o apoio integral da família e mantém o legado com inovação.
Atenção: se você quer fortalecer o negócio, comece pela mesa de jantar. Onde há afeto, há estratégia. E onde há estratégia com propósito, há lucro com legado.




