Os supermercados são uma parte vital da economia brasileira, oferecendo produtos e serviços a milhões de pessoas todos os dias. No entanto, com a economia brasileira ainda patinando, a atual taxa de juros nas alturas, o desemprego alto e a diminuição do poder de compra dos brasileiros, o setor enfrenta muitos desafios que impactam na sua operação, competitividade e lucratividade.
CINCO DOS MAIORES DESAFIOS QUE OS SUPERMERCADOS ENFRENTAM NO BRASIL
Concorrência acirrada: o varejo supermercadista brasileiro é altamente competitivo, com muitas grandes cadeias de supermercados, redes associadas e pequenos estabelecimentos lutando pelos clientes. Nos últimos anos, essa concorrência passou a contar com o aumento acelerado do número de atacarejos, nas grandes e médias cidades brasileiras. Assim, para manter a sua participação no mercado, os supermercados precisam oferecer preços competitivos, mix de produtos diferenciado e de qualidade, serviços ao cliente e ter um marketing eficaz. Uma conta que, muitas vezes, não fecha. Para piorar, segundo previsão da Abras – Associação Brasileira de Supermercados, em 2025, o consumo dos brasileiros pode desacelerar, aumentando ainda mais a disputa pelos consumidores.
Altos custos da operação: os supermercados enfrentam uma série de custos elevados, incluindo aluguel de pontos, salários de funcionários, custos logísticos (transporte de mercadorias e armazenagem), equipamentos, sistemas de automação, impostos, seguros e ações maciças de marketing, o que dificulta manter os preços competitivos.
Problemas com a infraestrutura do país: muitos supermercados, em particular o que estão fora dos grandes centros, enfrentam desafios extras com a falta de uma infraestrutura adequada, incluindo estradas em ruínas, portos mal equipados e um modal ferroviário muito aquém das necessidades do país (o que aumenta os custos com transporte e encarece as mercadorias), bem como com as altas tarifas na conta de luz, por causa de secas frequentes, que encarece a geração de energia elétrica.
Legislação tributária confusa: falta de uma legislação tributária uniforme, em todo o Brasil, o que torna a operação diária dos supermercados mais difícil e cara.
Fraudes, roubos e desvios de mercadorias: infelizmente, as fraudes, os roubos e os desvios de mercadorias são uma realidade comum nos supermercados no Brasil, o que implica em investimentos em segurança e treinamento de funcionários, para diminuir as perdas financeiras com essas práticas, como para evitar casos de grande repercussão negativa, em função de abordagens desastradas e infelizes de funcionários.
Mudanças nas preferências do consumidor: os consumidores estão cada vez mais conscientes de questões como saúde, meio ambiente e ética de negócios, o que significa que os supermercados precisam acompanhar essas mudanças. Em diversas situações, isso pode significar mudanças no mix de produtos oferecido, investimentos em novos equipamentos que agridam menos a natureza, disponibilização de novos serviços, melhoria da experiência de compra dos clientes e treinamento de funcionários para essas novas demandas.
A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA
Diante de tantos desafios, para que possam sobreviver, crescer e prosperar, em um ambiente de competição tão hostil, os supermercados precisam de líderes que apontem a direção correta a seguir, pois a liderança no varejo supermercadista é fundamental para o sucesso e a eficiência do negócio, mais ainda, nas médias e pequenas redes. Ela precisa ser capaz de inspirar as equipes, aprimorar os processos internos, aumentar o nível de satisfação do cliente e, consequentemente, melhorar os resultados operacionais e financeiros do estabelecimento ou da rede.
Importante citar que é primordial que a liderança supermercadista tenha conhecimento profundo dos processos internos de um supermercado, para que possa identificar oportunidades de melhoria e implementar as mudanças necessárias de maneira eficaz.
Um líder ou uma líder no varejo supermercadista, além das questões pertinentes à gestão empresarial e à governança, deve ser capaz de lidar com as demandas e desafios constantes de um ambiente de trabalho complexo, com gestão de estoques, organização de loja, diminuição das perdas, compras, negociação com fornecedores de variadas matizes e portes, implementação de tecnologias de ponta, atendimento ao cliente e manutenção de altos padrões de qualidade, higiene e segurança. Além disso, é importante que esse líder ou essa líder tenha habilidades de comunicação eficazes, seja capaz de ouvir o seu time e os clientes, encoraje a colaboração e o trabalho em equipe, bem como crie um ambiente de trabalho positivo e motivador. A liderança transformacional, que defende que líderes trabalhem em conjunto com a equipe para identificar as mudanças necessárias (desafiando e desenvolvendo seus liderados), é uma abordagem eficaz para o varejo supermercadista.
Outra característica importante para o líder ou a líder supermercadista é a capacidade de tomar decisões rápidas mas, paradoxalmente, avaliando cuidadosamente as opções disponíveis e priorizando ações que maximizem os resultados para a empresa. Estar sempre atento ou atenta às tendências do mercado e às necessidades dos clientes, ajustando as estratégias, sempre que necessário, também é outra característica bem marcante da boa liderança no segmento. Neste caso, ter um planejamento estratégico bem elaborado e em execução, facilita a tomada de decisões, mesmo quando houver a necessidade de partir para um ‘plano b’.
Para finalizar, assim como em qualquer setor da economia, a liderança faz a diferença. Contudo, no varejo supermercadista ela precisa ter alguns atributos, como ter conhecimento profundo dos processos internos de uma loja e estar sempre atento às tendências do mercado e às necessidades dos clientes, essenciais para o sucesso desse negócio que orbita em um ambiente tão dinâmico e desafiador.
